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  • Dicotomia dos corpos

    Vivemos um momento social que transita na mente humana o tamanho ideal de um corpo. Somos bombardeados em redes sociais (nosso vício atual) sobre o que devemos comer. As redes estão ditando normas alimentares e você, nem percebe isso. Está sendo manipulado a comer alimentos que seu corpo não pede e nem necessita.

    Claro que você não se dar conta disso. Mas eu, profissional e eterna estudante da área com comportamento alimentar afirmo com todo amor do mundo: você não anda ouvindo seu corpo e nem se alimenta do que é importante para ele. A obesidade afirma isso e a extrema magreza também, mas de uma outra forma de dinâmica interna.

    Magreza extrema e obesidade são sintomas de um contexto de estilo de vida alimentar e emocional que apresenta um histórico profundo e que necessita a ser cuidado. Precisamos cuidar das nossas histórias. Cuidar e não apontar e nem desmerecer.

    Voltando a dicotomia, vivemos um contexto que somos coagidos a comer alimentos selecionados pelas mídias do momento e esse comportamento pode nos levar a um caminho bem distante daquilo que ele também exerce poder sobre: o corpo padrão magro.

    Estamos divididas em comer aquilo que me dar prazer e não comer nada (restrição severa) para se chegar em um tamanho de corpo visto e aceitável.

    Fazer dieta virou um terror. Comer comidas “saudáveis” virou tortura para muitos.

    Comer comidas não saudáveis virou culpa e erro.

    Como sobreviver em uma vida polarizada? Como existir sendo falhos em alguma das pontas? Alimentação virou para muitos, sofrimento e dor. Desesperanças também.

    Como posso ter um corpo magro se eu não consigo comer determinados alimentos? Como posso ser feliz em um corpo gordo? Só serei feliz quando estiver magra? Preciso comer salada… aiiii eu odeio salada!

    Estamos odiando alimentos! Onde iremos parar?

    O problema não tem a ver com o alimento. O problema tem a ver com nosso ambiente e o que nele faz parte. Se eu como mais frequentemente alimentos açucarados é obvio que meu corpo vai pedir mais esse tipo de alimento. Até porque ele foi processado para repetir, gerar desejo em você. Alimentos naturais não geram desejos insaciáveis. Tudo que for natural, da terra é nutridor e satisfaz nosso corpo e não nossa cabeça.

    A psicoterapia vai te ajudar a compreender todo o contexto que vivemos e buscar novos caminhos para recuperação de uma nova história de amor com os alimentos e seu corpo. Vamos aprofundar conversas, cuidar com muito carinho da nossa criança e assim deixar o adulto tomar suas rédeas e resolver sua vida.

    E aí, preparados para essa viagem de autoconhecimento e mudanças internas?

  • Como perceber que aquela psicóloga irá ajudar no meu processo?

    Você vai SENTIR o match com a psicóloga certa.

    Você vai perceber na forma como ela te olha, como ela trata os demais pacientes e como ela reage (ou não) ao que você relata nas sessões.

    Você precisa estar aberto as sensibilidades. Permitir sentir um pouco. Se você for uma pessoa desconfiada, que “naturalmente” (nunca é naturalmente) tem dificuldades em confiar nas pessoas ou até mesmo pedir ajuda, esse processo de encontro vai ser mais delicado. Pelo simples fato de você está fechado nesse processo. Você já tem uma uma crença formada sobre pessoas (não ser confiáveis) e isso atrapalha o match com qualquer ser humano.

    O que eu posso dizer é: Sinta!

    Veja o que é seu e o que é seu trauma e separe. Na terapia a gente aprende a colocar tudo no seu lugarzinho. O trauma atrapalha muito os processos internos.

    A relação terapêutica é uma relação como qualquer outra. É preciso existir confiança, disciplina e reciprocidade. É importante que o psicólogo demostre afeição e interesse em cuidar de você.

    Hoje as redes sociais funciona como uma vitrine para você assistir e perceber como aquele profissional funciona, como ele aborda os temas, facilitando a decisão de entrar em contato ou não.

    Espero do fundo do coração que você encontre uma profissional capacitada e com muita empatia para cuidar da sua história e da sua alma.

    Torço muito por isso!

  • Identidade Perdida e a Psicoterapia

    Existem mulheres que chegam a sessão terapêutica aflitas em busca de um encontro com si mesmas. Elas estão por volta dos 30 anos e percebem que lhe faltam algo: brilho, propósito, Ser etc. Sinônimos não faltam para sua completude. Elas chegam à nós psicólogos como sua ultima cartada de esperanças. Já tentaram de tudo e estão cansadas. Mulheres guerreiras que aguentaram de tudo na vida e hoje estão fragilizadas necessitando de acolhimento e direção.

    Eu amo cuidar dessas mulheres! Já fui uma delas e passei pelo menos caminho.

    A perda de identidade acontece quando existimos em um cenário que não se foi permitida a espontaneidade de ser quem é na infância. Ela precisou ser moldada de acordo com as necessidades de seu cuidadores e foram criticadas por atos próprios. Desenvolveu ali uma pessoa que passou a assimilar que o certo para ela era o que os outros diziam sobre si e seu encontro com suas próprias necessidades foi abafado ou negado. E ela chegou a uma idade que não sustentou mais o que se via. Não era mais ela e sim o que ansiaram que ela fosse.

    Tudo que não é nosso um dia cai. Não veste bem. Não se molda ao corpo e tem um prazo de validade. Precisamos daqui que é nosso, que é meu. Eu preciso de mim!

    A PSICOTERAPIA:

    É um lugar onde eu posso me construir e me conhecer. Entrar em contato com minha história, com minha criação de vida, a dinâmica dos meus pais, como me tratavam, como eu me sentia, o que aconteceu na minha vida… tantas coisas que eu posso falar e perceber como me sinto diante desses fatos. Cada sessão eu termino com uma sensação nova, com um novo significado para digerir. Vou vivendo uma caixinha de surpresa que no final fará todo sentido a minha existência.

    Tudo isso será construído por mim com auxilio da minha psicóloga. Faremos essa viagem juntas e possivelmente meu trajeto de vida inspirará outras pessoas que se encontraram na mesma situação.

    Toda história terapêutica é linda e merece ser inspirada e o mundo precisa aceitar as mudanças internas que o processo terapêutico bem feito é capaz de gerar positivamente na vida de todos.

  • Dificuldade em expor particularidades

    É muito comum se ouvir de algumas pessoas que apresentam dificuldades em ir ao Psicólogo pelo fato de não sentir confortável em expor sua vida a um desconhecido. Geralmente essas pessoas não falam nada sobre si para desconhecidos e nem conhecidos. Elas não confiam ou apresentam dificuldade muito grande em confiar nas pessoas, seja lá quem for. São pessoas que já foram feridas por outra que acabou expondo sua dor ou discriminando tudo que estava passando. Elas sabem da dor que passou e hoje se protegem de repetir tudo de novo se esquivando da situação. Estão evitando se constranger novamente. Nasceu ali uma crença sobre pessoas e que não devem mais confiar, mas o que ela não percebe é o seguinte: está presa ao passado.

    A crença em não confiar em mais ninguém para não se ferir a deixa presa a um passado sem chances de se atualizar e obter uma mudança. Se eu acredito muito em algo que me aconteceu eu posso virar um refém disso e nunca mudar. Me cristalizar na situação do passado e viver isso no meu presente e futuro. E assim eu deixo de modificar uma área de minha vida estagnada e que não me faz evoluir.

    O Psicólogo não tem nada a ver com o fato de uma pessoa não confiar nele. Isso é algo muito íntimo e pessoal de cada um e a Psicologia está ai tratar sobre temas que dizem respeito ao nosso Ser e Existência.

    Muitas pessoas chegam na sessão com vergonha de si e da sua história de vida devido ao fato na sua infância terem sido ridicularizadas pelos seus familiares por expor o que sentiam. Essas atitudes a fizeram assimilar que tudo que sentiam e pensaram sobre si é vergonhoso e que não deve ser compartilhado com mais ninguém. Esse padrão de proteção acaba sendo adoecedor demais.

    Existe sempre uma história triste por trás de todo comportamento de esquiva e não aceitação de um tratamento Psicológico. Então, precisamos ter mais empatia e cuidado com as pessoas. Cada um tem sua dor, sua trava, sua historia de vida.

    Faz sentido por aí? Um beijo!

  • O Primeiro encontro com Psicólogo.

    Diante do aumento de caso constante dos nossos conflitos emocionais nos dias atuais e a rápida proliferação de informações vinda da internet, hoje podemos saber quem é aquele que irá cuidar de mim. Eu particularmente acho essa possibilidade incrível. Perceber como é o trabalho do meu psicólogo, a forma como ele olha, fala e se dirige as pessoas pode me fazer ter sensações específicas benéficas ao processo terapêutico. Eu mesma recebo meus pacientes que ouviram falar sobre meu trabalho e começaram a me seguir nas redes sociais e se IDENTIFICARAM comigo. Meu jeito de ser, minha interação, estudos, meu estilo de vida, tudo que deixo exposto como forma de mostrar meu trabalho vai nutrindo dentro das pessoas a SEGURANÇA que necessitam para a entrega do trabalho psicológico. No primeiro encontro precisa existir uma conexão de olhares e almas. O paciente precisa sentir que o psicólogo sustenta sua dor e segura suas mãos em todos os momentos de aflição. Ele está ali por um suporte que ainda não tem. E o vínculo será construído como qualquer outra relação.

    E aí, como ressoa pra você esse tema?

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